O Preço do Dinheiro

 

 
Sorrir quando tem vontade de chorar,
Ser doce quando tem vontade de azedar;
Dane- se a podre sociedade;
Óh sossego que saudades!
 
O dinheiro tem seu preço;
E a conta vai chegar;
Quando descobrir teu endereço;
Terás contas à acertar;
 
Viver atribulado;
De compromissos apertados;
Rodeado de falsidades;
Óh sossego que saudades!
 
Vida cheia e desassossegada,
Invadida de gente interessada;
Se aqui vale mais quem tem;
Prefiro valer um vintém!
 
Aqui não preciso valer nada;
Pois é breve o findar da jornada,
Só na alma acumular riquezas é preciso;
Dinheiro não compra o paraíso;
 
Acorrentado de ambição;
Enlodado de ilusão;
Preso à vaidade;
Óh sossego que saudade!

 

Luciene Arantes
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