Abraçado agora com o medo,

Admirando a chuva,

Tanto quanto minhas lágrimas.

Em busca das minhas origens,

Da minha descendência,

Bem como da minha decência.

Sobrevivendo de teimoso,

Com o bem pouco que me resta.

Buscando na alma uma fresta

P'ra entrada de um Deus distante.

Creio, por vezes, que inatingivel,

Que por mais que pareça incrivel,

Nos confins da alma até,

Motivado pela minha fé.

Insegura, inconstante,

Quase morta, sem confiança,

Tímida e inconsequente,

Como que fugindo da mente,

Uma última esperança.

Adelan Assaliah
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