Sou vendedora de sonhos, e de versos que componho.
Depois que me arrancaram as flores...
no silêncio da pétalas sem vida nada sinto, nesta rua larga e vazia.
Estou só...
Noturno como um pirilampo vadio clareando a noite escura,
tão só como um cristal pingo de chuva, que se perde na terra seca.
Bêbado de madrugadas frias, para preencher o vazio, de bares de beira dos cais.
Noturno e vazio como um frasco, que quebrou meus próprios passos,
me rasga a alma em pedaços, como a asa de um pássaro...
Noturno.
Cristiane Coradi;
esta é uma das poesias que mais gosto, foi uma das primeiras
que escrevi, quando descobri o mundo mágico da poesia.
cris coradi
© Todos os direitos reservados
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