Ele:

A todos, pra todos e de todos,
És Tu, o Soberano, ó Soberano,
Nada lhe aflige, nada lhe trairá sua Coroa,
Sua Glória é inextinguível, é incomensurável,
Quem O deterá?

Nada. E ninguém.

És General de Guerra, 
Anfitrião da Festa,
Doçura de Mel,
Dono do Céu,
E o fel? Fora consumado.

Nós:

Tribulamos, falhamos,
Humanizamos tanto,
Que dentro do falso humano,
Perdeu-se o Eterno,
O belo, o elo,
O singelo, o sincero
Criador exponencial.

O que é mais difícil pra mim?

É descosturar esse meu frio coração,
Tão sem direção, pura contramão,
Ó Pai! Jorra nesta pedra fracamente vermelha,
O escarlate sangue,
Para que eu volte, para que eu ame,
O que menos sou: Humano,
O que menos amo: Humanos,
O que vivo negando: Tú,
O que menos anseio: Ser chamado.

Amado. Te procuro. Te acho. Obrigado.

Fernando Sergio
© Todos os direitos reservados