Insisto, persisto, afirmo: sombra é sombra, escuridão é escuridão,
treva é treva. E aquela fogueira que crepita pouco pra iluminar,
e menos ainda pra aquecer. Onde os espíritos brincam de roda.
Numa frieza ante um feixe de energias arrefecidas , indo, diluindo.
Nesse exato reagrupar quântico. De partículas sub atômicas, dos
nossos omissos átomos, que não respondem as carências e
desacelerações corporais.
Sinfonia muda e longínqua. De insubmissas artérias, veias e ossos.
Conflito com as sinapses neurais, que traçam complexas elipses.
Resolução de equações tendentes a zeros e limites. Então,
não evita com tudo isso, a invasão da máquina primordial por
uma maldita anti matéria: evasiva, vermelha e corrosiva. Em nossa
cidadela celular de mil fechos: mesmo ainda intata, reluzente,
rara. Feita sutilmente de fios dourados brilhando sob luares.
Malsã sina. Expulsar assombrações apenas com nossa tênue
vontade fria ou acomodada covardia. Naquele poder que
era de desatar amarras, atravessar mares e enfrentar o
quase irreal. Onde ficou ? O que nos contaram afinal ?
Onde guardaram as verdadeiras intenções, sonhos e
clamores. Será que trancaram em um cofre e jogaram as
chaves fora ? Não dá mais pra esconder, que isso agora
pouco importa. Perdoe nós, por irreverências, se
alguém tiver, aceitar. Assumir culpa por tudo isso !
O tal mistério desconstruiu-se. O que se quer saber
é se nessa escuridão dentro de trevas,
entre cavernas, nos será permitido ainda
sorrindo . . . pressentir, sentir e consentir !!!!!
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