Ânsia invisível (soneto)


Ânsia invisível
 
 
Remotas quimeras d’esperanças estioladas
Que albergam em si o incerto destino
Hoje, sei que tudo foi um desatino
Como o orvalho que cai nas madrugadas
 
Imprecisos e ambíguos pensamentos
Levaram-me a sonhar o impossível
Na ilusão desta vida imprevisível
Como trigais, serpenteados pelo vento
 
Ou como as ondas que margeiam as praias
Em dias de calmaria e sois dourados
Vivia eu, agarrado às tuas saias !
 
Mas as aragens dos zéfiros mudaram
E os meus sonhos incertos e, tão sonhados
Como as andorinhas, também migraram !
 
São Paulo, 07-12-2012
Armando A. C. Garcia
 
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ARMANDO A. C. GARCIA
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