...
Falando em poesia,
era meio dia
bem ali.
sobre o sol de Taquari
ou "Praia do Buriti"
feito jogo de xadrez
-um cara que fala inglês-
lento cauteloso,
era o amigo da vez
por nome: Charleis ou "charléis"
falávamos de poesia
de música de qualidade
alí na praia
longe da cidade
nada melhor:
a suavidade de Belchior
ele sentado
eu em pé
falamos de um "zé"
Zé Ramalho
ou Geraldo
Raul Seixas
conteúdo que não me deixas
estrofes
versos e violão,
poesia na canção
na estrada empoeirada,
vimos o tudo e o nada
como é árdua
a nossa profissão,
ser polícia,
pegar ladrão,
política e corrupção
falamos,
indagamos não saber
o que fazer
com o Brasil,
que anda a mil
se pudéssemos
a viver, mudar o poder,
poder acreditar na mudança,
não de direção,
até duvido
o fiscal fora corrompido
onde está o verdadeiro culpado?
se o país anda errado
fizemos reflexões
agitamos neurônios
livros, emoções,
filósofos
citamos outros platões
quantos pensadores?
ainda em poucas canções,
eu vi
achei o que de certo
se ao longe,
era perto
de tão distante,
e ao meu lado,
um poema,
mau acabado
feito um cristal quebrado
sem sentido,
sem rima,
nem conteúdo
sem fama,
nem trema,
é um pouco de lexema
é o sentido
da minha briga.
do eixo que liga
num complexo esquema,
a música ao poema.
ao cara que fala inglespalmas
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