Sou tão jovem,

A vida é tão longa.
Ninguém me diz quando acordar,
Só o tic-tac do relógio a despertar.
Tic-tac, tic-tac, tic-tac...
E lá vai o tempo,
Sem pedir pra passar.
O relógio não precisa de nós para girar,
Então o que temos a mais?
O que temos a acreditar?
E agora fica o Padre na frente do espelho,
Esperando as badaladas do sino de joelhos,
Aguardando a benção do senhor
E mais tempo se foi, tic tac....
E lá vem Ela tão jovem e forte,
Lá vem a Morte,
Em sua direção
Correndo com um relógio na mão
Tic-tac...tic-tac...
Não, não é miragem
A morte não perde viagem.
O tempo ou a morte,
Tudo é questão de azar ou  sorte...
Então quando Ela chega ao teu lado, pode ser azar,
Você só escuta um tic-tac a despertar, um leve sussurrar,
E o sonho acabou...

Luiz Fernando Parreiras Da Silva
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