Dividir as fantasias,
como se fossem
delicioso alimento
a nutrir dois náufragos.
E com a imaginação sem limites
verem-se como integrantes
de um final de tarde.
Descobrindo em conjunto
a beleza do movimento,
sendo seduzidos pela natureza.
Percebendo o acasalar
do dia com a noite,
sentindo todo
o oculto afeto existente.
Despedindo-se
com alguma saudade,
mas logo pronunciado
um “até breve”
para aquele momento,
que nasceu
sob brilho da luz solar.
Vendo as faces cheias
dos tons do crepúsculo
modificarem-se
com os tons noturnos
para depois
dar boas vindas à noite
mergulhada nos tons
prata azulados
da lua e das estrelas.
Reconhecendo
que após momento
de grande intensidade,
agora tudo parece
encher-se de paz.
A paz dos amantes.
A leve paz das almas.
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