Como é curta a mocidade
Que como o fumo se esvai
Ficando apenas saudades
Pois ela não volta mais.
Vem á velhice enfadonha
Que arrasa todos nós
Caem dentes e cabelos
Perde-se o timbre da voz.
Nossas faces desfiguram
E nosso olhar se apaga
Nossa pele se enruga
E a beleza se acaba.
As pernas desequilibram
E a barriga nos cresse
As mãos ficam pregueadas
Tudo de feio aparece.
A velhice não dá trela
Cada dia aumente mais
Enquanto não nos sucumbe
Só defeito ela nos traz.
Às vezes até no espelho
Não queremos ver o rosto
Pois tanta feiura temos
Que até nos causa desgosto.
Quando se vai para a cova,
Já não se leva beleza
Tudo está desfigurado
Pela própria natureza.
Precisamos ter controle
Pra suportar a velhice
Pois, com tanta diferença
Suportar é difícil!
Quase todos quando jovens
Alguma beleza tem
Com o tempo tudo muda
Este não poupa ninguém
Só temos uma saída:
É da alma nos cuidar
Ela nos é imortal
E o espírito viverá
Tomamos uma nova forma
Nosso rosto brilhará
Se alcançarmos a graça
De podermos nos salvar
É nossa única esperança
Tornarmos belos um dia
De alma pura e sem mácula
Frente a Jesus e Maria
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