ÀS VEZES

Às vezes quero parar de escrever todas as formas de poesia
Deixar o vácuo, o silêncio como a maior fonte de expressão.
Não mais soar em partituras tons altos e sublimes
Total exílio dos sentidos, sem céu ou chão.
Qual razão, se a mesma nunca existiu,
Sem ontem ou sentidos,
Viver um segundo sem tuas mãos...
A cada aurora você trás o dia,
Santifica a vida, a preguiça e a paixão.
Qual direito tenho de testemunhar outros olhos,
A verdade contempla apenas um caminho,
Sem liberdade de ir ou vir,
Tudo é perfume e flores
Essências de teu belo jardim,
Labirintos,palavras e destinos,
Nada além de ti e de mim.
Fecham-se os olhos para o nunca, o não ser,
Pois meu amor por ti é maior que tudo,
Velo minha vida por você existir.