Eu vejo tudo e anseio a morte da maldade

que existe em mim, ó D'us, e em meu irmão, perdoa!

Tudo é tão claro, ó Pai, e muito me atordoa,

embora eu ame o bem que é a liberdade...

 

Por que nos damos, Pai, com força à brevidade,

quando podemos mais, embora muito doa

buscar o bem que no futuro galardoa

e nos transporta, enfim, pro alvo: a Eternidade?

 

Suplico ajuda a mim e a cada filho teu

que luta contra o eu e contra as tentações,

mas, eis, pratica o mal na mente e nas ações.

 

Eu sei: quem não amou em si mesmo bateu!

Oh! cada vez aumenta o que se diz ateu

e só porque ainda é noite em corações...

 

Ronaldo Rhusso

 

O texto acima está em versos Alexandrinos, embora eu não goste de classificar tal formato como Soneto. Ele está num falso ritmo hexâmetro iâmico.


Resposta em Soneto a um texto do excelente poeta Vinícius Garcia!

Empatizando...


'Té na destruição há Poesia...
Ó D'us! mudai-nos, pois mudamos tudo!
Mudamos e quebramos... Hei-me mudo...
*******************************************
Ó D'us! o fazem plena luz do dia...

Vai ver agora, então, a alegria
há de ser forte qual escuro escudo
ou sou um tolo e muito mais me iludo.
Eu sei é que há alma arredia...

Os olhos do poeta entristeceram
ao ver o pó subindo e a dor baixando
e os homens fortes, juntos, derrubando...

O tal progresso e o novo aconteceram,
mas o Vinícius viu que esqueceram
que um dia ali o amor foi mais que brando...

Ronaldo Rhusso