TOALHA & MESA
Sem norte que ampare,
no abismo da falta que crucifica,
da sede a mitigar,
do famélico estômago que não sacia,
que pergunta descaradamente:
pelo pão, pelas vestes,
por essa ausência de mãe.
Que não sabes o nome,
nem onde anda.
Existe somente desabando por dentro,
algo que canta sua melodia visceral,
quando à fome é esquecida
de se servir . . .
na toalha negra
da mesa enlutada !!!!!!
versejando ( ao estilo de Pessoa )
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