dá-me
esse lábio de rubi, esse sorriso de lírios,
esse resto de eu . . . teu,
que irei juntando a tudo
em mim; de dor, de dormência,
de amar na total inconsciência
e nessa infusão
de ser teu enfado e sonho
e tua esquina à esquerda e teu beco.
Contra isso que pergunta em nós,
isolados e exilados . . . por quê ?
Armadilha convulsa.
Viajantes inocentes do improvável
entre pedaços do nunca;
amor !
Deslizando na hesitação das paixões,
que do eterno se nutre . . .
versejando ( ao estilo de Pessoa )
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