Você é meu castigo,
meu ninho,
meu desperdício,
Um sonho que arrisco,
sem perceber.
 
Você é o que mastigo,
me atiro sem ver o risco
-de me perder-.
Rabisco de estranhas
telas de vime.
 
Você é o que valida
meu sacrifício.
Me surra, me empurra
-aos precipícios-
sem  se importar.
 
Você é o que persigo,
me abriga, me rima,
inspira versos de amor
os caminhos que sigo.
É tudo que quis
Desde menino,
Sem descansar.
 
Você é meu sorriso,
o sentido que traz,
um amor sem medir
a razão que me diz
valer a pena lutar,
o motivo de tudo
me fazer feliz.

MARCOS TAVARES
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