Indo de vento em vento, seguindo caminhos escolhidos ao acaso, parando por um momento para descansar em uma sombra não escolhida. Dormindo ao relento, despertando com o vento e com o sol no rosto, relógio para que, as horas não são mais suas inimigas, agora passam simplesmente em sua vida. Comer o pão dormido, que passou a noite consigo, no bolso ou talvez no alforje, olhando ao redor e vendo sem perceber que tudo ao seu redor está em movimento, tudo é vida, ainda há esperança. É assim que acontece: as estradas, as despedidas e mais nada. O que se passa em sua mente? Talvez as lembranças ou talvez o mero desencontro. Quem sabe em um despertar a beira de uma estrada, alguém lhe estenda a mão e lhe mostre um caminho novo, que o leve até sua casa, que nas lembranças vive guardada em seu triste coração.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Cesar Garcez
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