Que festa boa!
Passeio pela fome
com um nome
sobrenome
e título de doutor
amador.
Que música, que política!
Ando pela falsidade
sem discrição
sem descrição
numa sintonia
de um público, de um pobre.
Que fama, que paixão!
Tropeço em meio à folia
Embriagada de mentira
com um emprego consolador.
Que nada, que malícia!
Viajo meio à maldade enrustida
Descarada e perdida
Vista a olho nu
Nos corações humanos.
Ah, por favor, vai embora!
Deixa eu ficar aqui um pouco
Fugindo da dor de viver
Deixa eu ter um prazer
Em meio a tanto sofrer.
Ah, que festa boa!
Diego de Andrade
© Todos os direitos reservados
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