POENTE LUA DE AGOSTO

 Descrevo-te sublime, ao contar as estrelas vagas lá, bem no escuro de todas as minhas intenções...

Se me perco com os números, entrego-me aos teus devaneios líricos em serenos distantes e inspiradores.

Entre cada maré estranha que me bate... escura de um azul de noite sem par;

Me atrevo caído aos teus pés, minha lua em fronha

Jogado aos degraus de areia, tão longe de minhas cobertas de jornais

Me desculpe a agitação eufórica mas de certo sei... Que eis de me deixar

Pois ao sul desponta entre os grunhidos do alvorecer a solidez da aurora 

Que insiste em nos render os sonhos mais impuros e tão próperos

Minha Lua poente de Agosto tranquilo... Me leve feito um tiro...Ao presente servo do destino ignorado pelos trilhos da madrugada que se finda...

Mais nada.