O riso do idoso


 
Idoso homem restava-lhe um desejo
Havia há muito tempo uma antiga dor
Arrastando o fado dos anos neste amor
Uma musa acorrentara de vez sua alma

Levando as suas ilusões mais puras
Lembranças da estátua em sua beleza
Gravada magestosa em toda realeza
Seu desejo era ve-la em sua candura

Fez-se o dia num destino preparado
Num leito do hospital ali deitado
Visita-lhe a idosa alquebrada escusa

Quando a ouviu falar o pobre enfermo
Chamou seu nome e olhou-a a seu termo
Depois riu de si mesmo lá estava a musa.

Amores passados ninguém deve buscar
Cofre d'alma oculto chave jogada ao mar

Na mente veio este sonêto mostrando as pessoas que não se deve ter ilusões
do passado e trazendo a realidade sôbre as velhas paixões dentro do tempo.

Michigan (sou Paraibana vivendo em United State)

ALMA GORT
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