FERIDO DE MORTE

É um lobo novo e já ferido
Em pé lá no alto da esquina
Está na espera da sua mina
Que já não lhe dá acolhida

Está tarde da noite sozinho
Vendo o tempo se arrastar
Como este tempo não passa
Quando o amor já não está

É um lobo só na luz da lua
Espera a passagem da ex sua
Que será levada para longe
Como um animal de criação

Longe da sua vista e da sua vida
Ela sempre brincou de dois donos
Mas ficou com aquele que pagou
E no lobo novo a alma sombreou

E na esquina da encruzilhada
Nunca tão sozinho se sentiu
Viu já na pouca idade a morte
Dos sentimentos que conheceu

“A felicidade provém do íntimo, daquilo que o ser humano sente dentro de si mesmo” Roselis von Sass – www.graal.org.br

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