Soneto final quase uma elegia

 
O caminho me era desconhecido.
sabia que, após iniciado, o retorno
não seria mais o mesmo,  adorno
com letras o caminho alvorecido
 
A medida que caminhava, a  mão se enchia
com letras soltas lançadas ao chão
era terra que em versos esparzia
como da semente que se fez trigo e do trigo que se fez pão
 
O retorno, se houver, não será igual
sejam pedras, sejam rosas... na via do destino
que precipíe o desejo não banal
 
desse amor clandestino
que faça arder, sem igual
o desejo de paixão que sempre atino.
 
 

sergio de macedo saldanha
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