Algumas coisas em que ainda posso crer

  


 


 Creio na inexpressividade de certos atos
a natureza tem suas razões
o caminho pode ser mudado
a qualquer tempo haverão novas janelas,
novas portas, novos caminhos...
 

 
Creio em tua permissividade
pueril  em negar  o que te faz sentir,
no que te faz chorar
que  induz à morte em levar
e sucumbir lentamente o que te faz bem
 


 
Creio na matéria
que produziu seu corpo e reveste tua alma
hoje triste e solitária,
mas ignoto é teu saber sobre a dor
que me consome
 


 
Creio na luz
que reveste a terra de vida
lúcida e transparente
até deixar-se levar pelo véu
da noite fugaz
   

 
Creio no trabalho,
que consome tuas horas, e que
ao final de um período
deixa em você um desconexo
déjà vu
 

 
Creio no teu gozo
em que tua pele em convulsão transmite
sensações aos seus lábios que murmuram
e murmuram e murmuram desconexas
palavras de amor.
 

 
Creio também na noite,
em que, no silencio de teu quarto,
você pode sonhar e de teus olhos
escorrem  lágrimas de
desejos não realizados.
 

 
Creio na dor dos incompreendidos,
que se julgam injustiçados,
imaculados numa aura de anjos
mas, nada muda, e eles esperam,
aguardam,  e nada acontece.
 

 
Creio na embriagues permanente
ela ameniza, anestesia nossa ansiedade
 de etílicas noites ,
de etílicos dias,
sempre em busca de
 embriagantes amores.
 

 
Creio no bem,
que em sua eterna luta contra mal,
não se queixa, não dorme e,
sabemos sempre que estará ao nosso lado
pois, ele também sabe, que a maldade
pode estar dentro de nós.
 

 
Creio no acordar sem pretensões
de forma que,
viver seja a única opção,
a escolha de como viver, é só sua e minha,
de mais ninguém,
 

 
Creio na fé,
e sei que realmente, ela move montanhas,
não naqueles que vendem a fé,
em troca de um punhado de moedas
que seja então,
para coloca-las nos olhos para pagar
o barqueiro que fará nossa travessia.
 

 
Creio que qualquer coisa que eu diga


possa  ser utilizado por alguém,

contra ou ao meu favor,

e se não cresse nisso.
em mais nada acreditaria.
 


 
Creio muitas vezes
que o silêncio vale mais
que mil palavras
porisso é  que,
agora me calo.

 

 
 
 
 
 
 
 
 
 


 

 

 
 

 
 
 


 


 


 

 

 
 

 
 


 


 


 

 

 
 

 
 


 


 


 

 

 
 

 
 


 


 


 

 

 
 

 
 


 


 


 

 

 
 

 
 

sergio de macedo saldanha
© Todos os direitos reservados