Míope para toda visão de cada detalhe da vida
Fui ingênuo como uma criança e tentei tragá-la comigo em minha visão.
Hoje, admito o quanto fui tolo e que eu te prenderia na estagnação
Do que fui, do que sou, do que serei em minha existência vencida.
Não que eu fosse mau, em suma eras e és para mim a mais querida,
Se serás, não mais o sei, pois no futuro jaz a escuridão,
Não por ser ruim, mas por ser incerto e imprevisível como a alienação...
Há em mim, entretanto, a dor da pergunta não respondida:
Perdoarás meus erros um dia, quem o sabe brevemente?
Posso ainda ser uma estrela em teu céu se enxergas em mim uma estrela cadente?
Permitirás que eu ainda te ame e toque se nós dois fomos como açoites?
Mas por que sinto que só eu sinto culpa, que só eu em ti ainda penso?
Fui tão frustrante à ti, decepcionante? Eis que este remorso eu não venço
Por mais que eu queira te dar amor... Por mais que se passem muitas noites...
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