Cemitério De Sonhos

O que acontece com os sonhos que nunca se tornam realidade?

Irão, acaso, ao limbo, sem o devido batismo e concretismo?

Tenho sonhado muito, tantos sonhos malogrados e solitários,

Porque as ilusões que tive há algum tempo, foram mesmo apenas fantasias...

 

Sonhos mortos, indigentes... Nascem, mas morrem em terna idade...

Às vezes como fetos, projetos de cadáveres imaginados. Sonhos...

Nem sei que fim darei às minhas quimeras arruinadas, aos sentimentos envolvidos,

Pois quando morre um sonho, também há um impacto na alma...

 

Mataram meus sonhos, mastigaram com uma fome tremenda

E nem partículas restaram. O sol do esquecimento brilha sob uma mente vazia

E eu tinha mundos e mundos para serem sonhados contigo!

Para onde vão? Onde meus ideais cultivados contigo serão enterrados?!

 

Deve haver algum lugar próprio para o olvido, o aniquilamento dos sonhos...

Uma dimensão além do tempo, espaço, lembrança e sofrimento...

Possa eu encontrar o fim para este meio que tanto almejo e procuro,

Pois meus sonhos morreram e apodrecem longe de um cemitério.