Como eu amo Você, meu Amor,
em cada rua encontro o desejo
que me leva a desenhar os raios
e os trovões que inundam minha saudade

São tantos as faces penduradas nos cabides
do quarto em que não tenho Você na cama,
a madrugada é a pintura da minha voz
chamando seu nome de amada em cada estrela

Meus olhos choram facas
nos túmulos dos anjos aniquilados
aonde degolo a rosa genitália
do rock'n'roll
com a espada perdida de um pirata arrependido

Cavalo fantasma aparece no badalo
aonde o mistério é doce p'ra interessar à criança,
Prometeu não é demônio é apenas otário
ninguém agradece o recebimento do fogo

porque o Amor é santo e o desejo
o sabor da vontade animal
de viver Você
 
 
ERIKO ALVYM

ERICO ALVIM
© Todos os direitos reservados