Somos a somatória,
estilhaços de um vitral multi facetado
disformes, variados, descontínuos
São flashes, instantâneos imperceptíveis
Audíveis sons ininteligíveis, algaravias
desritmadas sem maestro
Poros e ventosas nos sentidos
apreendendo, assimilando, reunindo
impressões e sensações sem nos apercebermos
Ao todo vamos nos construindo
em opiniões, visões e sentimentos
atentos na aparente desatenção
Colhemos dos instantes, filtrando, recolhendo
nos arquivos da existência, construtores e testemunhas
agentes e pacientes de nós mesmos...
*publicado em livro na 92° Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos, Editora CBJE, Rio de Janeiro/RJ, julho 2012.
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