Fogo do céu,
Cometa cigano.
Alma do universo.
Oração de verso de estrelas.
Notas de músicas.
Dedilham teclas de um piano.
Na distância, ecos da memória.
Qual dúvida, qual interrogação.
E ser seria mera exclamação?
Ou tudo se resumiria num ponto,
Um único ponto.
Onde o obscuro,
Explodiu em fragmentos de luzes.
Galáxias perdidas, sóis brilhantes,
E transborda o pulsar de um coração.
Criaturas perdidas do Criador.
Não é necessário o paraíso,
Não são necessários os infernos.
Mas são urgentes as asas,
É preciso não perder o céu,
Asas do vento, velas de brisas,
A música sussurra,
Os sentidos são todos em um.
E silêncio conta seus segredos.
E o vazio já se diz pleno.
E o ínfimo,
Por um instante foi eterno.
E brincou, riu-se,
Ganhou lágrimas de alegria.
Curvou-se, dobrou os joelhos,
E solitário orou...
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