HAVIA E AINDA HÁ

 
E agora lúcida
E em tempo par transtornada
Tomada pela dor da descoberta
Nua, absorta, incerta.
Antes não soubesse desse choro
Antes a embriagues me confundisse
Deixasse a mim alucinada no indecoro.
Quem dera não houvesse
E o tudo fosse mesmo o nada
Nem o dizer ou o silêncio
Rasgariam minha madrugada.
Mas estás posto
E nessa noite havia,
E hoje há,
Somente não há via.
E sem via o que eu sigo?
E a quem pergunto
Se estou só
Mesmo sem ti ou contigo!
Para ti, há via
E será essa ou aquela
Para mim havia e ainda há
Via de uma única estrela.
 
Quanta luz a incomodar minha escuridão!

... Insone!

Goiânia, 25.04.2012 – 00h54m

Emy Margot Tápia Alvear
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