Por tua insônia vago claro e sóbrio
Inalando a essência das camélias
Rutilando as velhas faces de um cinábrio
Que tropecei em minha própria contumélia

Pela melancolia da tênue sinfonia
Hesitando a cada cicatriz da alma
Soprando aos mesmos ventos da monotonia
Que reside em minha palma

Eis que torna a mim uma brisa olorosa
Que trouxe lembranças de tua partida dolorosa
E me fez enxergar nas águas do mar

O pacífico horizonte oscilando no marasmo
O lânguido oceano arrancar um pasmo
De minha única razão de continuar a respirar