Matei o amor solidão/ poema MIL.

 
Matei o amor solidão


Triste não? Jamais me deixaste!
De que é feito uma pessoa
que partindo jamais abandona
E que amando jamais se entrega
Espera no outro, jamais se compromete
Afinal queres voltar? Pra quem?
Quem buscas há muito não existe
Morreu, desintegrou-se
Em mil pedaços pelo açoite
Pela falta do beijo
Feneceu como flor pisoteada
Sangrada em cada punhalada
E já faz tanto tempo!
Triste não? Jamais me deixaste!
Sempre em volta, buscando velhas fantasias
As promessas de sermos felizes para sempre
Como se fosse possível
O amor sem presença, afeto e entendimento...
Queres voltar? Como se nunca partiste?
Sempre em volta assistindo o castigo
Esperando o momento certo
De entrar e dar o bote
Na tua certeza do amor inconteste
Se não sabes eu te digo: O amor morre...
Nenhum amor resiste sem abraço
O tempo passou e passou, você não mudou
Mas há muito tempo quem mudou fui eu
Matei o amor solidão
Deixei de viver na contramão
Morri de vez para enfim renascer
Quem buscas não mais existe
É a sua vez de partir definitivamente!

 
De que é feito um homem
que partindo jamais abandona
E que amando jamais se entrega
Espera no outro
E jamais se compromete?

Maria Iraci Leal/MIL
POA/RS/Brasil
27/03/2012
 

Maria Iraci Leal
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