Oh alma! Do meu corpo foste escrava
No fim dos teus pecados, desvelas a natureza
No respiro de suas dores, á vida que então sonhava
Surge no instante do romper dos laços, a certeza
Eterna do tempo, idéia que o teu pensar emanava
O realçar das cores belas, mundo fruto da beleza
Esboços imaginários, arte que o poeta imaginava
Entoa o teu canto, a tua sorte que não és mais presa.
A matéria cerne quando a mácula desvanecida
No violar das Fronteiras, pré-conceitos são vencidos
Pelas almas que se entrelaçam, sentimentos unificados
Contemplam o horizonte quando a porta de saída
É o desencarne da tua terra, de germens bandidos
Alimentam-se agora dos teus despojos esquecidos
Murilo Celani Servo
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