Solidão, berço das reflexões
Fuga da vida, poeta e poesia
Pelo vento, sopra as paixões
Em versos de cores e fantasia

No infinito do tempo, corações
Súditos do amor, lutam em alforria
Imensidão da arte, eternas ilusões
Adornos da dor da alma que rima

O silêncio da noite, distante do real
Banha-se ao luar, átrio da pureza
Medita a essência, intuindo a natureza

Crepúsculo poético, um céu sem igual
A beleza da terra, eclipse da pobreza
Alvorada do artista, morte da tristeza

 

Murilo Celani Servo
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