No âmago da alma, dormita-me a solidão
Sobe as sombras de demasiados palmares
Medito a natureza em minha fuga a razão
Na distância do tempo libertando meus pesares

Transcendo a matéria, no espaço em dimensão
Atravessando o silêncio, ausente de deveres
Pela leveza do vento, de agradável estação
Sonho a eternidade, de encantos e prazeres

Regozija o coração, por flores da primavera
Perfumando o destino, de uma dor oriunda
No exalo de sangue das manchas de sua guerra

Floresço em cores em que o brilho desta esfera
Retrata-me o infinito, uma verdade profunda
A pintura colorida em faces de uma nova era

 

Murilo Celani Servo
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