Folheada a Fada

Há um lugar onde a lua repousa
E as estrelas dançam ao som de anjos
Bem em meio a doces sonhos.
Quando os vagalumes,
Em meio às sombras
Realizam uma peça deslumbrante.
Pois nesse lugar repousa
A moça Libelinha,
Com varinha e brilho cintilante
Tornando vibrante
O pensamento de homens desprovidos de mente
Distantes da realidade, à procura de sanidade.
 
Anjos de luz em surdez
Deixando suas marcas em cada um,
Mexendo com o futuro,
Apostando em dúvidas,
Quebrantando corações.
Pouco a pouco decai sua altivez.
Da dor no peito,
Homens espreitam
A magia de uma doce mitologia,
Orando a Gracen no bosque
Esperando que a elfo apareça.
Bruxa ou fada, que seja!
 
Exclamando as palavras
Dubium, dubium, dubium
Faz o fogo dos nobres acenderem-se,
E nos suspiros tímidos dos camponeses
Paixonites e Flertes
Agarram-se na ponta das flechas,
Simplificando nossos sonhos em profundas indexas.
Esquecemo-nos de honrar a vida como proeza.
 
De tantas formas imortais
Uma fada de semblante angélica
Cabelos dourados, El Dorado,
Passe leve tal qual o alvorecer da bruma
E um semblante digno da mais alta dama Gaulesa.
“Como não se apaixonar?”
“Infringirei uma lei divina?”
“Se existe magia na paixão onde está a Graça em estender a mão?”
“Não Belenus, ela me honrará”
“Eu sei que não me pertence”
“Vagar-se-á a todos”
“Deixe-me viver com minha doce fada
“Não há nada que me faça desapegar.”
 
Pelos erros de alguns
Tortuosos caminhos são enfileirados
E mesmo que não importe muita coisa
Pois todos sabem
Que naquele bosque existia uma linda fada
Repleta de graça e cheia de duvidas
Onde todos poderiam alcançar
Mas se libertar...
Não menos pertence o desenlaço no desenrolar .

Não sabemos como as pessoas são, nem os nomes que os demais os dão, porém em cada ponto de interrogação podemos ter esperança, sem dúvida seremos surpreendidos pois não sabemos de nada.

Quarto - À uma amiga

Nils
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