Logo no ínicio do 1º verso "Tarde clara que se vai", já denuncia que estamos chegando para ler um "envoi". Texto que ocorre após algum tipo de desfecho, fase , período, de balisamento em nossa vidas.
Ricos são os versos, que na proucura existencial, tem uma pergunta que não responde ao amor em sua reserva, em sua anulação de existente, no verso "O ego preso no calabouço da alma ", por sinal lindíssima e estilosa imagem, que reflete toda a idéia do texto.
De uma forma "chant royal" os versos se unem e vazam ao sistema de imagens das linhas anteriores , tipo um " post scriptum", que confirma a condição já observada de estarmos diante de um "envoi" e continua "Pálido semblante no quadro. Pintura da paz . . . que brota sem segredos longe." É um finalizar que chega a vertente do conformismo, a paz, após dramas do insatisfeito emocional afetivo e se constrange com o que pode resultar das novas e desejadas e possíveis realidades, que encontram-se longe de serem reconstruídas e confirmadas. Bravíssimo Taís, estou deveras maravilhado com sua explosão de inspiração poética !!!!!!!!!!!!