Mão pra bater

Senti-me fraco e incapaz
Na energia daquele tapa
Que desferiste em minha cara
Mas, desse mal que não me mata, nem sara
Aprendi
Não reagi àqueles instantes de fúria
Quando, cega de razão, fez ferir
A mim
Bebum
Na contramão a dirigir
 
Hoje sei o bem que me fizeste
Liberto dos grilhões do vício
Afirmo e declaro mãos pra bater!
Ergo o braço e ameaço
Mas meu apreço por ti resulta inefável
Teu xingamento
Palatável
Teus insultos, meras expressões sem vida
Pois és tu, minha cara, a minha eleita
A minha escolhida

São Paulo - setembro/2011

Arbé
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