Olhas-me pelo inverso

Na lógica de um compasso

Que gira no mesmo espaço

E em limitado universo

 

Tens-me assim em pouca conta

Na rapidez do vento que bate e some

Tens-me pra tudo e não me consome

Acho que me tens no faz de conta

 

A tua luz não mais clareia

Os meandros do meu medo

Não me contas o segredo

Que me prende na tua teia

 

Assim entregue a toda sorte

De sentimentos distorcidos

Choro sonhos dissolvidos

Na minha falta de sorte

 

Até quando ao teu lado?

Por vezes não amanheço

Com a angústia que anoiteço

E olho para outro lado