Ah ! Naquele sentido que teima em naufragar
há mais uma dor
que das estruturas, despenca por dentro
no embate de outro desengano
De pedaços espalhados e mais que tudo soltos
surge uma suspeita de ruínas
[ expandindo-se em todas as direções
Seria como se prisioneiros fossemos
da cela de nossa própria prisão
e não premidos pela tranca
que não abre quando se quer
mas sim porque hora faz
que não importa
[ o que lá se encontra
Nem se arranca o que sobra sem esforço
da reconstrução tardia, que deixa sempre as marcas
no lugar incerto pras coisas certas
e nem tão certas assim
Que importa ?
[ Sem alento estamos nós !
Ó senhor ! Dai-me pois, passo a passo aquela graça
que colherei simplório mas ávido
que irei juntando retículo a retículo em meu anseio
com tudo que puder colher
[ e depois
devolverei como avalanche
pra alguém que quiser; vir, juntar, ser
[ mesmo que migalhas . . .
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