SILÊNCIO QUE FALA

SILÊNCIO QUE FALA

Palavras mal ditas
No ar espalham
Ofensas sentidas
Lágrimas que orvalham

Por vezes o calar
Sufoca o impropério
Responde sem penar
Dispensa o despautério

De mãos abertas
Coração desapegado
No silêncio o legado


Silenciar, sem recuar,
Bendizer, sem dizer,
Revidar, sem atacar...

 

*Selecionada para figurar no livro 84° Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos, editora CBJE, Rio de Janeiro/RJ, novembro de 2011