UM VIVA AO PARLAMENTAR ROMÁRIO

VIVA O ROMÁRIO
 
Estamos acostumados a ver as eventuais “personas” que aposentadas das suas atividades se lançam, aproveitando a fama conseguida até então, e já no ponto culminante para o ostracismo, à candidaturas de cargos políticos como uma última cartada.
 
Nesta última eleição os casos mais conhecidos foi o do artista palhaço Tiririca e do Romário.
 
Do Tiririca sabíamos que era trampolim para políticos já sem fôlego e desgastados entrarem novamente na arena, mas não tenho nada a comentar a não ser que é um dos mais assiduos no plenário.

Quem sabe não está aprendendo para nos ser útil, pois de doutorados, mas desonestos, a casa está cheia
 
Temos que prestar atenção é no Romário. Ele está se saindo melhor que qualquer encomenda, dando boas entrevistas, como na última Época, se posicionando a favor do voto aberto nas votações parlamentar e como sempre, ferino e certeiro nas suas palavras criticando a nossa preparação para a Copa sem licitações.
 
Duas passagens, que mostram que ele não tem nenhum acanhamento para dizer o que deve, para mim serão inesquecíveis como uma resposta pública dada ao Pelé:
 
“Quando calado o Pelé é um poeta”
 
E uma outra sobre alguém que agora não recordo:
 
“Ele acabou de entrar no ônibus e já quer sentar na janela”
 
Ele está humilde, consciente da responsabilidade que está tendo e dando opiniões que estão particularmente me surpreendendo.
 
Vejo que a Câmara legislativa não está só sendo usada para continuar ganhando alguns trocados, como, acredito, muitos pensavam, assim como eu, mas está trazendo à tona um lado de uma pessoa, que até então, não conhecíamos.
 
Pai muito dedicado de uma filha com síndrome de down, de quem diz que veio o pedido para ele se candidatar, e a câmara, por incrível que pareça, o está trazendo para um mundo mais responsável, longe dos futevôleis diários da praia de Ipanema e eu diria, para longe das prováveis companhias sanguesugas.
 
Uma ironia falando-se que ele foi para a Câmara dos deputados.
 
Do Romário que conhecemos e que alguns, com certeza não suportavam, ele também não me era simpático, estou vendo, particularmente, nascer uma pessoa admirável e acredito ainda ouviremos muito falar dele.
 
Que siga assim e que seu passado de tantas traquinagens fique para traz.
 
Com seu temperamento ácido deu uma copa para nós, não podemos nos esquecer, e agora o baixinho, que fazia nos lembrar do Macunaíma com todos os is, está se mostrando um pequeno grande homem.
 
Ser conhecedor da malandragem sem ter se tornado malandro é uma grande escola.
 
E  nisto o baixinho tem doutorado e não serão os cobras criadas do Congresso que vão dar algum nó nele, pelo menos nisto podemos ter certeza.
 
Um tributo pessoal a ele!

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