O fio jaz inerte...
Tenso, encerado.
O artista se concentra...
Louco, desesperado.

Ele adentra o desafio...
A plateia se cala, aflita.
Veem-no percorrer o fio,
E com gosto se agita.

O suor escorre fino
Pelo rosto maquiado.
O picadeiro o acompanha,
Atento e maravilhado...

Desequilíbrio, descuido...
Uma queda no percurso.
O equilibrista se levanta,
Andando com muito custo.

Sem a vara, ele continua.
Com dificuldade, avança.
Chega com perseverança.
E recebe a ovação...

Zenilton Silva Júnior
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