CIDADE MORTA

A noite caminha alta

Na cidade deserta,

com suas ruas espessas,

Alagadas de recordações!

A lua de prata celeste

Ilumina em cheio os túmulos

Da cidade interiorina

Escondida no mundo!

No semblante noturno 

Divagam pensamentos,

Estremecendo a fronte 

Bizarras maledicências!

Vagueiam, sorrateiramente, sombras

Com seus tentáculos

Sem rumo, sem tempo,

conquistando o silêncio morto!

Espreitando as ruas, os fantasmas

De um outrora passado,

Com cândida ternura

Abraçam-se e brincam felizes...

 

 

poesia na qual usufruo de meu lado obscuro e uso de devaneios sobre a morte....

cataguases 28 de mar

ana maria dos santos
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