Tal mulher que por demasia desejo
Cobre meu futuro de desvios escuros
Na frente de sentimentos tão impuros
Nos ares beijando dor que sinto e vejo
Dor essa tão evidente num solfejo
Cortante sobre meus sentidos augúrios
Falecendo sonhos antes tão seguros
Que separam amor e ódio, pois fraquejo
Também sou de carne, osso e sentimento
Raro, porém bem fácil que tu nem sentes
Esquecer o que não esqueço num lamento
Deveria quebrar de você todos os dentes
Mas acabei chorando choro ciumento
D` ódio com amor... eu e ela indiferentes.
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