O próximo cais (ou última esperança)

Invento um cais dentro de mim

e tudo é saudade, e tudo é amor

e tudo é paixão que a minha alma decanta...

escondo-me de ti dentro de mim.


Antes que anoiteça e os lampiões se acendam,

eu jogo as minhas palavras ao mar

para se transformarem em poesias

e fazerem companhia para algum pescador de estrelas solitário.


Minha alma é como um barco no cais

perdida no silêncio do tempo, do teu tempo...

que espera um próximo cais,

lá, onde repousa a última esperança.


 

Walter Pantoja Teixeira
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