Caminhada da desilusão

Numa certa tarde encantada
Bem próximo à hora dos Angelos,
Fazia minha costumeira caminhada,
Deparei-me com dois lindos tornozelos.
 
Era uma jovem caminhando sozinha
Encantei-me com os seus belos cabelos.
Tinha a pele sedosa, cor de canjiquinha,
Provocou dentro de mim ligeiros torvelos.
 
Naquele momento pude vê-la sorrindo,
E a brisa carinhosa tocando a tua face.
Nosso olhar se cruzou naquele segundo,
Uma paixão fulminante em mim acontece.
 
Pedi licença para ao seu lado caminhar
Meu coração pulsava cheio de ansiedade.
Ela gentilmente aceitou-me como par,
O meu corpo fremia de felicidade.
 
Naquele andar tão seu, sensual e elegante,
Um lindo poema eu podia vislumbrar.
Versos que ao cair da tarde tão docemente
A brisa toda contente, nos vinha recitar.
 
O meu amor por ela declarei sem titubear.
Ela disse sorrindo, - Desculpe não posso aceitar.
Nossos caminhos não poderão mais se cruzar,
No final desta caminhada já tem alguém a me esperar.