Um Filme chamado Saudade

 
Há tanta coisa linda e radiante lá fora,
Banhada com a luz do Sol que acaba de nascer,
Que enche meu coração de encantamento agora
E de muito mais vida todo meu viver.
                
Porém, a dor cremante de uma saudade,
Vem de um tempo distante aonde ainda posso ouvir,
A voz triste de uma garota a me dizer adeus ao me ver partir
Para nunca mais vê-la ou sequer voltar à sua cidade.
 
De repente, o trem corria célere pelos trilhos do meu destino
E mesmo eu ainda sendo um menino,
Já a levava comigo no coração,
Como a visão mais sublime da minha mais eterna paixão.
 
Bem que eu mais que sabia que nunca mais iria vê-la
Mas no entanto, se hoje novamente a  reencontrasse,
Juro que faria de tudo para nunca mais perdê-la,
Pois tanto amor assim a cada dia mais forte renasce.
 
Às vezes nosso medo de não nos deixa dizer
Aquilo que por nós no momento certo deveria ser dito,
Mas depois por toda vida num sufocado grito,
Carregarmos a cada dia a nos fazer sofrer.
 
E hoje acordei eu assim,
Com esta dor de saudade que me faz sangrar o coração,
Pois o que sinto ainda por ela  é tanto amor e paixão,
Que por mais que eu tente, esta dor nunca tem fim.
 
Não sei se ela já me esqueceu,
Depois de tantas coisas que em sua vida viveu,
Pois não a esqueço um só momento
E aonde quer que esteja ou vá ela nunca me sai do pensamento.
 

Patricio Franco
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