Toda estrela de fulgurante passado
tem sorte de não existir, cruel justiça
Pintada por doctilóquios indizíveis, tom macabro
de poeira intensa regurgitada em premissa.
Caneta transcreve com reles rigor a forma.
Estrela, que não sem umbela, em sapiência
pretérito dos bons senhores, fôrma
anacrônica das crispações de vasta seqüência.
Manhã vem rebrilhando as fantasias dos corsários,
pretéritos lutíssonos vão-se mais de novo
na carne negra dos esquecimentos diários.
Vaga lembrança não há nem no mofo.
Porões de dias mortuários e castos
vem e vão numa batalha inútil
dados tentam calcular ângulos rasos
das últimas formas a brilhar na abóbada fútil.
Seda de rinites em som de flores.
Celeuma de solitude. Paroxismo do então.
A noite se foi em insípidos olores,
sem pergunta, nem resposta, sem sim, nem não...
Licença
Sob licença creative commons
Você pode distribuir este poema, desde que:
- Atribua créditos ao seu autor
- Distribua-o sob essa mesma licença