Onde estais?
O nascimento é solitário, assim como a vida sem ti
Na esquina, meio sem rumo e sem direção, busco em vão um rumo, um cais
Assim, qualquer lugar onde incógnita permaneço é o melhor espaço para comigo conversar
Lentamente os pés começam a caminhar num desejo incontido e indeciso de não saber aonde ir
Algumas tardes são assim: sol ardente mas na alma inverno e interrogação
Onde estais?
Talvez sonhando para não viver. Assim, primaveras e outonos chegam e vão
E com o inverno não mais o desejo carmim que outrora bocas ardentes aproximavam, deleite e sedução!
Mas a interrogação que não quer calar
Ondes estais? Busco-te e não sei onde te encontrar.
Gertrudes Vargas
© Todos os direitos reservados
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