Caminho no vento. Sopro os versos
Libertando o lumiar da esperança
Presa ao silêncio dos desejos inversos
Quando o destino não enxerga a mudança

Dias comuns, sem cores e perversos
Será ! Quem se importa com a ânsia ?
Olhos cegos, perdidos e dispersos
Ao coração que pulsa como uma criança

Presa no sonho, escuro e carente
Do seu grito que não acontece
A idéia que no tempo adormece

O sol da manhã, frio e ausente
Retrata a miséria que se faz presente
Em teu seio que me enfraquece

 

Murilo Celani Servo
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