Tão simples contato
Que extrapola o tato
E se torna um ato
De total rendição.
Veículo da emoção
Que dispara o coração
Ele é, sem exceção,
O arauto da paixão.
 
Lábios sobre lábios
De iletrados ou sábios
Tornam-se inebriados
De volúpia sem par.
Quem conceberia entrar
Na doce arte de amar
Sem querer se entregar
Aos deleites de beijar?
 
Quem sabe dizer onde
O mistério se esconde
Em que tantos desejos
Podem ser resumidos
E tão plenamente vividos
Na forma de beijos?
Beijar é expressar
Pelo tato e paladar
O que a alma quer falar.
 
 

HC
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